Habilidades socioemocionais são aprendidas de acordo com a vivência individual de quem aprende e, considerando essa afirmação, a pergunta que eu faço para você, professor e parceiro da Fundação Wadhwani, é a seguinte: Existe certo e errado nas respostas à aprendizagem de competências comportamentais?
John Hattie, em seu conceito de Aprendizagem Visível encontrado no livro “Aprendizagem Visível para Professores: Como Maximizar o Impacto da Aprendizagem”, propõe que o aprendizado se torna mais eficaz quando é possível torná-lo palpável, mensurável. Ou seja, quando o professor não apenas ensina, mas acompanha e orienta o aluno a entender o que está aprendendo e como está progredindo. Isso envolve definir objetivos claros e fornecer feedback contínuo, elementos essenciais para a construção de habilidades comportamentais. Aqui, a pergunta não é “qual é a resposta certa?”, mas sim “como essa competência está sendo desenvolvida?”. Para Hattie os professores estão entre as influências mais poderosas da aprendizagem.
Na Aprendizagem Visível o professor atua como um ativador do processo de conhecimento, fornece direção, reorientação e cria estratégias para ajudar os alunos a enxergar seu próprio progresso, com metas bem definidas. Esse aluno pode não dominar a comunicação de imediato, mas ao longo do tempo, com feedback adequado e exemplos claros, ele começa a desenvolver essa competência de forma mais visível para ele e para os outros. O processo, neste caso, é mais importante do que chegar a uma resposta “correta”, pois cada indivíduo tem seu ritmo e forma de desenvolver essas habilidades.
Aqui é onde eu quero que você, professor, entre nessa reflexão comigo. Ao ensinar essas competências comportamentais tão valorizadas no mundo do trabalho, nosso papel é mais do que transmitir conhecimento. É ajudar os alunos a entenderem como essas habilidades fazem parte do todo que eles estão construindo em suas vidas. A pergunta que devemos nos fazer não é sobre a existência de uma resposta certa ou errada, mas sim: “Como eu posso ajudar meu aluno a enxergar esse aprendizado de forma integral, dentro do contexto de vida dele?”
E no final, é essa visão de conjunto, essa abordagem mais holística do desenvolvimento humano, que vai fazer a diferença na vida profissional dos nossos alunos. Porque, no mercado de trabalho, assim como na vida, não existem respostas prontas ou receitas infalíveis. Existe um processo contínuo de desenvolvimento, de aprendizado e de evolução, em que o certo e o errado são apenas pontos de vista temporários. O que conta, de verdade, é como cada um se apropria do aprendizado e o transforma em algo significativo para si mesmo e para o mundo ao seu redor.
E como fazer com que o estudante consiga expor o que foi aprendido e assim deixar visível como foi dado o significado ao objeto de aprendizagem?
Atividades, ou dinâmicas, desenvolvidas para serem aplicadas nas Aulas de Colabore darão a oportunidade para que o estudante coloque em prática as técnicas e os conhecimentos que foram obtidos em situações observáveis, orientadas por você, professor e professora, e com a reflexão sobre os resultados que foram demonstrados em sala de aula por meio de atividades em grupo ou individuais. Fazer a conexão dos resultados da atividade com o tema que foi trabalhado em sala de aula para o “mundo real”, ou seja, na aplicação do conhecimento para solucionar questões ou para definir a melhor estratégia para a conquista de um objetivo, deixa evidente e visível o porquê o estudante está aprendendo e como é possível utilizar o objeto de aprendizagem em seu dia a dia.
Então, a próxima vez que você estiver trabalhando com seus alunos em habilidades comportamentais, lembre-se de que você não está apenas ensinando algo que pode ser avaliado em uma prova. Você está ajudando a construir seres humanos mais preparados para enfrentar desafios, para lidar com o outro e, principalmente, para entender a si mesmos. E essa, professor, é a verdadeira essência da aprendizagem de habilidades socioemocionais.
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5 dicas para melhorar a experiência de seus alunos com o Preparação para Entrevistas
A Preparação para Entrevistas da Fundação Wadhwani é uma ferramenta poderosa para preparar os jovens para o mercado de trabalho. Com ela, os seus alunos podem praticar perguntas específicas para o cargo que estão buscando e ainda receber um feedback instantâneo, por meio de inteligência artificial. Mas você sabe como tirar o melhor proveito da Prep. Entrevistas? Veja abaixo cinco maneiras de integrar essa ferramenta ao seu planejamento e transformar a jornada de aprendizado dos seus alunos!
1) Coloque a preparação para entrevistas no seu planejamento
Incorpore a prática de entrevistas da plataforma
no seu cronograma de aulas. A preparação para entrevistas não precisa e nem deve ser um evento isolado, mas uma prática recorrente. Ao criar momentos dedicados à simulação de entrevistas, os alunos desenvolvem confiança e aprimoram suas respostas ao longo do tempo.
Como fazer: Se planeje antecipadamente e dedique parte de suas aulas a essa prática, compartilhando resultados e incentivando a evolução contínua dos alunos. Assim, eles estarão mais prontos para os desafios do mercado de trabalho, com respostas bem estruturadas e segurança na apresentação.
2) Use o histórico
Não deixe o progresso dos alunos passar despercebido! A plataforma armazena o histórico de cada simulação de entrevista, permitindo que você e seus alunos acompanhem a evolução. Incentive-os a revisitar o que já foi feito, analisando pontos de melhoria para focar nas áreas que mais precisam de atenção.
Como fazer: Consulte os resultados anteriores e, a partir das sugestões de melhoria, ajude seus alunos a identificar seus pontos de desenvolvimento e trabalhar para superá-los. Dessa forma, eles podem visualizar o progresso e entender onde ainda podem crescer.
3) Personalize as perguntas
Cada aluno tem uma trajetória única, então por que não personalizar as perguntas para refletir isso? Ao selecionar uma pergunta, incentive os alunos a ajustar o conteúdo usando o campo de texto disponível na plataforma. Isso permite criar perguntas que estejam mais alinhadas com suas experiências e objetivos.
Como fazer: Após escolher uma pergunta da lista, mostre como os alunos podem editá-la no campo de texto, deixando-a mais relevante para sua área de interesse ou experiência pessoal. Caso desejem, eles ainda podem escrever uma pergunta do zero, treinando para uma pergunta feita durante algum processo seletivo e que o aluno não se saiu tão bem. Essa personalização torna a prática mais realista e adaptada à realidade deles.
4) Alterne a resposta entre texto e vídeo
Varie a forma como os alunos respondem. Começar pelo texto é uma ótima maneira de organizar as ideias, mas a verdadeira preparação para uma entrevista requer prática verbal. Incentive-os a usar o campo de texto para elaborar as respostas e, depois, desafiá-los a gravar vídeos simulando uma entrevista real.
Como fazer: Peça aos alunos que primeiro escrevam suas respostas para estruturar o pensamento e, em seguida, gravem em vídeo, praticando o discurso. Essa prática não só melhora a clareza da resposta como também ajuda a controlar o nervosismo diante da câmera.
5) Desafie seus alunos
O treino é essencial para dominar as entrevistas. Cada simulação traz lições valiosas, e com repetição, eles poderão melhorar a confiança e a fluidez das respostas. Estimule seus alunos a praticarem repetidamente, revisando os resultados e aplicando o feedback.
Como fazer: Incentive os alunos a refazerem as entrevistas quantas vezes forem necessárias, utilizando os resultados recebidos pela plataforma. Eles podem repetir as mesmas perguntas até alcançarem as notas mais altas (4 ou 5) e, em seguida, passar para novas perguntas.
Gostou? Tem experiências legais usando o Preparação de Entrevistas? Então mande seu relato para a gente. Pode ser pelo e-mail wobrasil@wadhwanifoundation.org ou pelas nossas redes sociais @wfbrasil.
1ª Jornada de acompanhamento dos projetos pilotos do SENAI GO

Nos dias 9 e 10 de setembro a Fundação Wadhwani e a Gerência de Educação Profissional do SENAI GO organizaram uma jornada online de encontros com docentes, supervisores e gerentes de 12 das unidades SENAI no estado goiano.
Os encontros tiveram duração de 40 a 45 minutos e buscaram um diálogo sensível, aberto e individualizado com cada docente e seu respectivo supervisor participantes do programa Competências para Empregabilidade - em curso desde junho deste ano.
Dentre os objetivos alcançados nessa jornada, foi possível avaliar a aplicação prática da metodologia Wadhwani de aprendizagem de soft skills, refletir colaborativamente sobre estratégias, identificar pontos fortes e os desafios para aperfeiçoamento, reavaliar rotas a partir das primeiras experiências e ler as dificuldades como oportunidades de crescimento e aperfeiçoamento de cada um dos envolvidos no programa.
Agradecemos a todos e todas participantes por esse intenso momento de cocriação, em especial, a Tais Moreira Silva, da GEP – Gerência de Educação Profissional, que tornou essa jornada possível.
SENAI e Fundação Wadhwani: juntos somos mais fortes!
Por: Ludmila Oliveira de Carvalho (Gerente de projetos da WF)
*O gênero masculino foi empregado nesse artigo apenas por força da norma culta da língua portuguesa do Brasil.